Dia Mundial da Saúde Mental: Cuidar de Quem Cuida
- Acolher Brincando
- 10 de out.
- 2 min de leitura

Hoje, 10 de outubro, é celebrado o Dia Mundial da Saúde Mental, criado em 1992 com o propósito de promover a conscientização sobre a importância do cuidado com a mente em todo o mundo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) nos lembra que saúde não é apenas a ausência de doenças, mas um estado completo de bem-estar físico, mental e social. Ou seja, cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo. Hoje quero trazer um olhar especial para a saúde mental das mães atípicas, aquelas que cuidam de filhos com necessidades específicas, como é o meu caso do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Um estudo publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders revela que o nível de estresse vivido por mães de crianças autistas se assemelha ao de soldados em combate. Essa comparação ilustra bem o tamanho da sobrecarga emocional e física que muitas de nós enfrentamos diariamente.
Os desafios são inúmeros e complexos é, lutar por direitos, lidar com o preconceito, administrar crises, estudar constantemente para compreender melhor nossos filhos, tudo isso, muitas vezes, sem rede de apoio. É uma rotina que exige força, paciência mas que também cobra muito do nosso corpo e da nossa mente.
Eu sei o quanto é difícil encontrar um tempo para nós mesmas em meio a tantas demandas. Eu mesma ainda estou nesse processo, tentando, aos poucos, reservar um momento só meu. Mas é fundamental lembrar: se não estivermos bem, cansadas , estressadas, impacientes, não conseguiremos oferecer o nosso melhor aos nossos filhos. É como na metáfora do avião: primeiro colocamos a máscara de oxigênio em nós, para depois ajudar quem está ao nosso lado.
Precisamos nos permitir cuidar de nós mesmas: tomar um café com calma, sair com as amigas, fazer uma caminhada nem que seja de 15 minutos, buscar acompanhamento psicológico, ou simplesmente respirar fundo e descansar. Esses pequenos gestos não são egoísmo, são autocuidado, e ele é essencial para continuarmos firmes nessa jornada. Também é importante buscar rede de apoio. Se você ainda não tem uma, procure grupos de mães que vivenciam situações semelhantes. Conexões positivas e empáticas fazem toda a diferença.
E se, em algum momento, você sentir que não está conseguindo lidar sozinha, procure ajuda profissional. Psicólogos e psiquiatras podem oferecer suporte fundamental, às vezes com acompanhamento, outras vezes com o uso temporário de medicação ou suplementação (como vitamina D e ferro), que ajudam a recuperar o equilíbrio e a energia para seguir cuidando.
💛Lembre-se: cuidar de quem cuida é um ato de amor.💛






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