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Maternidade e seus Desafios

Mulher grávida em um quarto branco.
Legenda: Mulher grávida pensando em um quarto claro com cores branca. Imagem: Canva

Hoje venho falar sobre a maternidade, especificamente sobre a maternidade atípica, que é a minha realidade. Sou mãe de um menino dentro do espectro autista nível 3, com apraxia de fala. A maternidade, por si só, já traz muitos desafios para todas as mães, isso é fato. Porém, quando falamos de maternidade atípica. Mães de crianças com deficiência, transtornos do neurodesenvolvimento ou condições que exigem cuidados diferenciados , esses desafios se intensificam.


A realidade foge do esperado. Se na maternidade tradicional já existe dificuldade para retornar ao mercado de trabalho, imagine para mães como eu, que precisam lidar com as necessidades específicas dos filhos: consultas e exames frequentes, além de terapias com diversos profissionais, como fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos. Uma carga horária extensa mas necessária.


Conciliar todos esses compromissos com as demais demandas do dia a dia é um grande desafio. Às vezes, algo aparentemente simples, como ir à terapia, ao shopping ou até a uma padaria, exige planejamento. Precisamos pensar em tudo que pode acontecer, pois não é uma simples saída.


No meu caso, meu filho não tem noção do perigo. Sei que, em geral, as crianças não têm, mas as neurotípicas, com o tempo, aprendem o que podem ou não fazer, absorvem e desenvolvem maturidade. Meu filho tem 11 anos e ainda não tem noção do perigo: já esteve prestes a ser atropelado, já entrou em carros de estranhos. Às vezes, algo que para nós é simples, para ele parece o fim do mundo. A rigidez do autismo pode desencadear uma crise, que pode vir acompanhada de agressividade. 


Encontrar uma escola também é uma saga: enfrentamos recusas de matrícula, falta de estrutura adaptada e ausência de profissionais com um olhar voltado para a inclusão. Não é fácil. E há ainda o medo constante do futuro: o que será dos nossos filhos quando não estivermos mais aqui? Todos os níveis tem um certo grau de suporte, mas, autistas de nível 2 e 3 apresentam grandes déficits.


Se você é mãe atípica, sinta-se abraçada. Lembre-se de cuidar de si. Sei que é difícil, aqui também é complicado. Mas recorde-se da metáfora da máscara de oxigênio no avião: é preciso colocar a sua primeira para depois ajudar quem depende de você. Cuidar de si mesma não é egoísmo; é a base para ser a mãe presente, paciente e resiliente que seu filho precisa.


E, se você não é mãe atípica, mas conhece alguma mãe, tenha empatia, respeito.

Seja uma rede de apoio.








 
 
 

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